Lá do silêncio onde o tempo cessa,
um ponto pulsa, azul, suspenso,
frágil como o sopro de um pássaro
antes do voo.
Não há linhas,
nem nomes,
nem razões.
Só um corpo,
vivo,
envolto em véu de bruma clara,
dançando no escuro como quem não sabe
que é raro.
De longe,
os gritos não chegam,
mas a beleza sussurra
num idioma antigo:
tudo está ligado.
E nesse fio
tão tênue e tão firme,
a vida inteira se equilibra,
por um triz.
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