Não desenhou um paraíso,
mas leu nas veias do tempo
o parto difícil da justiça.
Não quis ditar sentenças,
mas ouvir a marcha da história
a gritar por liberdade.
Não pregou a força,
mas o gesto consciente
de quem desperta da servidão.
A sua utopia era chão:
passo a passo,
com mãos libertas,
rumo a um mundo
onde o humano não fosse mercadoria.
E o Estado?
Apenas uma sombra a desaparecer
quando já não for preciso mandar,
porque já se souber viver.
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