No silêncio das células,
um universo se desenha,
galáxias invisíveis rodopiam,
estrelas nascem, morrem, renascem
no pulsar do sangue,
no ritmo do pensamento.
Olho-me e vejo o infinito,
não fora, no céu distante,
mas aqui, na janela do meu ser,
onde duas estrelas,
uma anã morta, outra fria,
dançam no meu olhar,
perdidas e achadas,
como segredos ancestrais.
O cosmos não está longe,
ele respira em mim,
e eu, em silêncio, descubro
que a profundidade da existência
é essa ponte tênue
entre o que sou e o que brilha,
entre a alma que busca
e a vastidão que chama.
Cada estrela no céu,
cada átomo no sangue,
são poemas sussurrados
pelo mistério eterno
de sermos parte de tudo,
e tudo parte de nós.
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