Criar é uma forma de amar,
de dar e ser possuído.
É a explosão que vem do
nada,
a divisão infinita das ideias
na multiplicidade de todos os
sentidos.
É a fantasia da alma sofrida,
marcada pela realidade da
carne.
É o entendimento do espaço no tempo,
na sensibilidade compactada de
vontade sem limite.
É a força espontânea
da incontrolada angústia de
viver.
É a transparência da semelhança
que nos sobrepõe.
É o
envelhecimento do espelho,
quando mais nada resta de nós.
E
Deus
criou o homem à sua imagem,
para que ele criasse a sua própria vida.
João Jacinto
in (Re)cantos da Lua