Ele não sobe aos céus,
não se curva ao vento,
não canta como os pássaros,
nem dança como as folhas.
Mas permanece.
Com paciência milenar,
tece um manto sobre a pedra,
acaricia a raiz exposta,
faz da sombra o seu templo.
Não precisa de solo,
nem de glória,
basta-lhe umidade e tempo
para devolver à Terra
o que lhe foi arrancado.
Enquanto árvores tombam,
ele cobre a ferida,
enquanto o betão abrasa,
ele sopra frescura.
Chamam-no musgo;
ignoram-no,
pisam-no,
mas ele respira por nós.
Guardião Verde;
pequeno como um suspiro,
vasto como a esperança.
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