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sábado, 26 de julho de 2025

O Custo da Ignorância / J.M.J.

Basta de mansidão.

Há quem durma com os olhos abertos

e a alma vendida ao primeiro discurso que prometa conforto.

A ignorância já não é inocência,

é escolha.

 

Bebem mentiras como quem sorve água limpa,

e ainda agradecem ao lobo

por os manter no curral

e chamam de liberdade

o medo bem embrulhado.

 

Não querem saber

e orgulham-se disso,

e quem pensa é “inimigo”,

quem questiona é “perigo”,

o erro tornou-se virtude

e a verdade, uma ameaça.

 

Então é o limite,

não sussurres,

fala alto,

fere, se for preciso,

mas com verdade.

 

Diz-lhes que estão a ser usados

como gado,

que os líderes que veneram

não passam de vendedores de névoa,

que a mentira grita porque tem medo do silêncio

onde a verdade se revela.

 

Acorda-os, nem que seja com um estrondo,

abana-lhes os alicerces,

rasga os panos que lhes cobrem a consciência,

porque quem não quer ver

acaba por servir

quem nunca quis ser visto.

 

E se te odiarem por isso,

melhor,

é sinal que algo tocaste;

o despertar começa muitas vezes

com raiva.

 

Mas é melhor serem feridos por palavras,

do que mortos por promessas.

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