Nenhum ouro vale o zumbido
da abelha pousando no mundo,
Nenhum cifrão compra o voo
que fertiliza o fruto.
Petróleo arde,
mas não sacia,
brilha o metal,
mas não rega a terra.
Rios não bebem promessas,
flores não brotam de cifras,
e o pulmão da floresta
não respira lucros.
O que sustenta
não é contado em bolsas,
mas em gotas,
pólen, silêncio e clorofila.
Se a água secar,
não haverá quem compre
a sede.
Se as abelhas cessarem,
o pão do amanhã
desaparecerá em silêncio.
O mundo,
não sendo mais fértil,
também deixará
de ser rico.
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