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domingo, 27 de julho de 2025

A Sabedoria da Sequóia / J.M.J.

Aquela árvore…

não era apenas madeira erguida ao céu, 

era memória viva,

tronco de séculos que ouviu o vento contar histórias

antes de termos nome para as estrelas.

 

Na lentidão do seu crescimento

acolheu os passos dos animais,

os silêncios dos invernos,

os cantos do verão,

absorveu o hálito da Terra

e respondeu com sombra e abrigo.

 

Quantos ninhos guardou em seus ramos?

Quantas raízes estendeu em segredo

para tocar outras árvores,

em conversas sem palavras,

mas cheias de sentido?

 

Não era só parte da floresta,

era a floresta a pulsar num só corpo.

 

Talvez tivesse consciência, 

não como a nossa, barulhenta e apressada, 

mas uma inteligência antiga,

feita de espera, de escuta,

de ligação invisível ao Todo.

 

Quando caiu,

não tombou apenas uma árvore, 

tombou uma testemunha do tempo,

um templo da Terra,

um elo sagrado entre o céu e o chão.

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