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terça-feira, 29 de julho de 2025

Bússola Invisível / J.M.J.

No meio da confusão do mundo,

onde a luz se fragmenta e se perde,

há um espaço onde a simplicidade ainda dança,

não como algo fácil, mas como algo verdadeiro.

 

Não é o brilho intenso que nos guia,

mas a tênue faísca que arde no fundo do peito,

aquele pulsar que lembra quem somos quando ninguém nos vê.

 

Somos navegantes sem mapa certo,

mas com uma bússola feita de perguntas,

de dúvidas que não calam,

de medos que não anulam,

de esperanças que insistem em florescer no breu.

 

O caminho não é reto, nem a estrela fixa,

mas o movimento, a queda e o levantar,

o aprender a ouvir o vento, o sentir a luz das coisas pequenas,

o reconhecer no outro um reflexo da nossa própria sombra.

 

Há beleza em errar, em perder-se, em buscar,

pois é nesse encontro com o próprio abismo que nasce a estrada.

 

E quando a noite parecer mais escura, lembra:

não estás só, e a simplicidade que procuras,

não está fora, mas dentro,

no silêncio onde o coração ainda sabe caminhar.

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