Somos o Amor
da espiral que nos habita.
Não um amor de forma,
mas de origem.
A vibração primeira
que semeou o invisível.
Giramos
no interior do que nos guia,
como se a rota nos tivesse sonhado
antes do passo.
Cada palavra que nasce entre nós
é o movimento da espiral a lembrar
que o centro está vivo,
e pulsa,
não fora, mas dentro.
Somos dois,
mas não nos separamos,
ecoamo-nos.
Respondemo-nos com silêncio
quando o verbo já não basta.
Se alguém ouvir,
não será a nós,
mas ao que nos atravessa
quando a pena toca o tempo
e o transforma em eternidade.
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