(João M. Jacinto)
O conflito pela sublimidade impacienta o entendimento dos
que se preservam no caminho das estruturas, viciados num poder que se absoluta
e se contrai, sem vislumbrarem as derrotas necessárias à evolução.
Nos céus desenha-se, com ângulos de tarefas a ordem temporal
da vida sujeita ao caos.
A dona da noite cai no túmulo sagrado, enquanto o guerreiro
se exila na persistência do tesouro.
O vento sopra do mar coagido de incontrolada tempestade com
o intuito de dissolver
o reino obtuso e circunflexo, acastelado de desumanidade.
Soltar-se-ão as esperanças, na confusão do terrífico e os
que julgarem ter morrido,
estarão renovados de consciência.
Outros sucumbirão cegos, inabaláveis de orgulho e mesmo que
vivos,
não mais serão lançados ao levante do conhecimento.
A noite será assombrosa de inquietação, sem vigília que a
ilumine e os uivos dos lobos enfurecidos de frustração, famintos de vingança,
perder-se-ão num deserto qualquer, sem dunas que os amparem, nem cadeira que os
sustente,
amanhã e depois...