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domingo, 26 de outubro de 2014

Amanhã e depois | João Marques Jacinto



(João M. Jacinto)

O conflito pela sublimidade impacienta o entendimento dos que se preservam no caminho das estruturas, viciados num poder que se absoluta e se contrai, sem vislumbrarem as derrotas necessárias à evolução.

Nos céus desenha-se, com ângulos de tarefas a ordem temporal da vida sujeita ao caos.
A dona da noite cai no túmulo sagrado, enquanto o guerreiro se exila na persistência do tesouro.
O vento sopra do mar coagido de incontrolada tempestade com o intuito de dissolver
o reino obtuso e circunflexo, acastelado de desumanidade.

Soltar-se-ão as esperanças, na confusão do terrífico e os que julgarem ter morrido,
estarão renovados de consciência.
Outros sucumbirão cegos, inabaláveis de orgulho e mesmo que vivos,
não mais serão lançados ao levante do conhecimento.

A noite será assombrosa de inquietação, sem vigília que a ilumine e os uivos dos lobos enfurecidos de frustração, famintos de vingança, perder-se-ão num deserto qualquer, sem dunas que os amparem, nem cadeira que os sustente,
amanhã e depois...