No silêncio sem fim do cosmos,
onde a luz se curva e se perde,
habita o buraco negro,
guardiã do mistério absoluto.
Não há saída, nem retorno,
apenas o abraço invisível
de um abismo que engole o tempo,
um vazio que é mais do que nada.
No seu silêncio, ecoam perguntas:
quem somos quando tudo se desfaz?
Que matéria escura guarda a alma?
Que segredo carrega o escuro infinito?
Talvez sejamos partículas e ondas,
um campo entrelaçado de energia e sombra,
buscando sentido onde não há brilho,
descobrindo-nos na ausência de luz.
O buraco negro não é morte,
é um portal para o desconhecido,
uma ferida no tecido do ser,
que nos convida a mergulhar,
sem medo, sem retorno,
para renascer do caos oculto.
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