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segunda-feira, 7 de julho de 2025

Uma Tinta Viva / J.M.J.

Entre as margens do tempo,

onde os ecos daquilo que fui ainda sussurram,

teço com palavras a ponte que une o ontem ao agora.

O vento, como um amante distante,

acaricia os pensamentos adormecidos,

despertando no silêncio os rostos que foram,

as mãos que escreveram,

os passos que caminharam nas sombras e na luz.

 

E no seio do presente,

onde o que fui repousa e dança,

encontro o reflexo dos meus próprios olhos,

os espelhos que a alma tocou.

A beleza do que vivi não é mais lembrança,

mas uma tinta viva nas minhas veias,

um abraço invisível que se estende,

um conforto encontrado no coração das palavras.

 

É um sonho surreal,

onde o passado e o presente se entrelaçam

num romance sem fim,

um amor sem tempo,

que se revela em cada verso,

em cada suspiro que respira

no labirinto das minhas memórias.

 

E assim, entre o que fui e o que sou,

continuo a ser, em cada palavra,

a ponte que une o ontem ao agora, sem fim,

mas com a força de um eco que persiste,

um amor que se renova,

um reflexo que se reinventa,

nunca se apaga.

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