Há quem me atraia como se já me esperasse,
um traço, um sorriso, um modo de
estar,
e algo em mim se abre
antes de perguntar porquê.
Outros fazem-me recuar,
não por maldade,
mas por espelho.
Talvez me mostrem
aquilo que ainda me dói ver.
Confundo o brilho com verdade;
idealizo, aproximo-me
e depois descubro que era eu quem lá
estava,
não o outro.
Mas continuo a confiar neste fio,
mesmo quando falha
diz-me quem sou,
mesmo quando me engana,
ensina-me o que busco.
Há encontros que duram um instante
e deixam raiz,
outros, duram anos
e não florescem.
Tudo me fala
do que aceito,
do que resisto,
do que ainda preciso conhecer em
mim.
Onde me reconheço, sem saber,
aí começa o outro.
Sem comentários:
Enviar um comentário