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segunda-feira, 7 de julho de 2025

O Verão Sangrento /J.M.J

Prendem vozes no silêncio das celas,

rasgam sonhos nas sombras das prisões,

julgam corações com pressa e medo,

marcam na pele o peso da dor.

 

Mas não morre a chama que arde nas mãos,

nem se cala o sussurro que nasce na madrugada

e nos olhos cansados, a luz ainda brilha,

uma força invisível, teimosa, eterna.

 

O medo é muro, mas também é ponte,

construída por mãos que se negam a desistir

e no abraço oculto entre irmãos,

na coragem que não pede permissão,

 

a esperança floresce, muda e livre,

como raiz que rompe a pedra,

como o vento que não se dobra,

como o fogo que renasce sempre,

 

porque o povo, mesmo oprimido,

é semente que guarda a primavera.

 

 

 

(Em solidariedade com o povo iraniano,

que, mesmo sob o peso da opressão e do medo,

mantém viva a chama da coragem e da esperança.

Que este poema seja um eco do seu grito silencioso,

um abraço que atravessa fronteiras,

e uma semente de primavera em tempos sombrios. 2 julho 2025 JMJ)

 

 

 

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