Há um instante
em que o chão recusa o pé,
e tudo o que era regra
se torna inesperado.
A ordem implode
sem aviso,
não por maldade,
mas por uma verdade inconformada.
Algo em mim
não aceita moldes,
nem repete os gestos
dos que vieram antes.
Sou o que rasga,
não por ódio,
mas porque a beleza
às vezes nasce do estilhaço.
Na margem do possível,
onde ninguém me chama,
encontro-me.
E percebo
que há silêncio
mais puro
depois do estrondo.
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