Quantos véus nos sobrepuseram, ofuscando os olhares?
De quantas roupagens nos transformaram, ao longo do tempo?
Foram os sonhos que nos moldaram,
ou as distorções que nos vestiram de manto
e esconderam a razão?
Vivemos nas teias de histórias inventadas,
tramas que se entrelaçam
como fios invisíveis,
onde o que se acredita ser verdade
se esconde nas sombras de um desejo
mais profundo e não dito.
Será que algum dia a verdade virá à tona,
como o amanhecer que dissolve a névoa,
ou continuaremos a dançar
no compasso das memórias esquecidas,
perdidos na bruma que um deus nos trouxe do mar?
Cada passo dado sobre essa terra,
será ele uma busca pela essência,
ou mais uma lembrança das vozes passadas,
que nos afastam do nosso próprio ser?
E no fim, será que a liberdade
é uma possibilidade ou um reflexo
de algo que nunca conseguimos tocar,
escondido atrás das cortinas da ilusão,
onde a verdade se perderá nas correntes do tempo?
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