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segunda-feira, 7 de julho de 2025

O Czar de Gelo

Caminha sobre a planície branca,

onde o vento se curva em silêncio,

onde as sombras são longas e imóveis,

presas no cristal do tempo.

 

Os olhos refletem muralhas de inverno,

um império esculpido em gelo,

onde reis não sangram, apenas estalam,

onde coroas brilham como lâminas frias.

 

O mundo se dobra sob seus passos,

mas o gelo canta rachaduras secretas,

um murmúrio fino, quase esquecido,

do degelo que um dia virá.

 

E quando a luz quebrar o cetro,

quando os rios subirem contra o trono,

restará apenas a memória pálida

de um império dissolvido na água.

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