Há um ponto onde tudo converge:
o que foi guardado e o que se exige,
o que resiste à verdade e o que se entrega.
É aí, nesse limiar, que o caminho se define.
As alianças de fumo estalam,
as certezas que nunca o foram, desmoronam
e quem insistir no que é falso
verá o chão ceder
sob o peso do silêncio.
Uma voz desperta
no lugar onde o tempo se desfaz,
não é memória, nem desejo,
mas a consciência clara
de que é preciso agir com integridade.
Aqueles que forem fiéis ao que sentem
sem querer controlar,
sem forçar entendimento,
darão um passo à frente,
não por ousadia,
mas porque seguem a frequência daquilo que é verdadeiro.
O impulso virá,
mas o avanço cego trará desequilíbrio.
Só quem souber parar antes de ferir
poderá reformular o mundo.
Porque o que está por vir
não se impõe com gritos nem ameaças,
é a maré que sobe sem aviso,
é a terra que se move sem alarde,
é o ar que muda antes de tocar.
Só quem escuta
saberá como se mover com ela,
a mudança que não se anuncia, mas tudo transforma.
A mudança não pede força,
pede escuta,
pede coragem para recuar,
para respirar antes de decidir,
para sentir o que ainda não se diz,
mas já vibra no interior dos que estão atentos.
Esta é a hora
de acolher o que é duradouro,
de deixar cair o que já não serve,
e de permitir que o novo se revele
não no grito,
mas no silêncio maduro da mudança.
25 Abril 2025
(Poema inspirado na configuração celeste deste dia — posição dos planetas e
respetivos aspetos.)
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