Contem a maré dentro do peito,
e escuta o rumor antes do naufrágio.
As palavras, se lançadas em fúria,
podem cortar mais fundo do que punhais.
Evita o ardor que sobe sem aviso,
o gesto que se ergue antes de pensar.
Há guerras que se vencem
não com força,
mas com o peso exacto do silêncio.
Não confundas prudência com fraqueza:
o recuo pode ser também uma arte,
e a contenção, uma vitória sem troféus.
Que se quebre o ciclo do desatino,
que o fogo encontre morada no discernimento,
e que saibamos ser mais vastos do que a intolerância
e a nossa cólera.
26 Abril 2025
(Poema inspirado na configuração celeste deste dia — posição dos planetas e
respectivos aspetos.)
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