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quinta-feira, 24 de julho de 2025

Antes do Naufrágio / J.M.J.

Contem a maré dentro do peito,

e escuta o rumor antes do naufrágio.

 

As palavras, se lançadas em fúria,

podem cortar mais fundo do que punhais.

 

Evita o ardor que sobe sem aviso,

o gesto que se ergue antes de pensar.

 

Há guerras que se vencem

não com força,

mas com o peso exacto do silêncio.

 

Não confundas prudência com fraqueza:

o recuo pode ser também uma arte,

e a contenção, uma vitória sem troféus.

 

Que se quebre o ciclo do desatino,

que o fogo encontre morada no discernimento,

e que saibamos ser mais vastos do que a intolerância

e a nossa cólera. 

 

 

 

26 Abril 2025

(Poema inspirado na configuração celeste deste dia — posição dos planetas e respectivos aspetos.)

 

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