Hoje, é o início,
é o início de todos,
um sopro que atravessa a terra,
um grão que nasce e se perde no vento.
É o início,
onde a palavra nasce sem forma,
sem limites,
em um espaço vazio,
onde tudo é possível
e o impossível se desfaz.
É o início de todos,
daqueles que se cruzam,
das almas que se tocam sem ver,
sem tocar,
no silêncio do que somos,
no eco do que podemos ser.
É o caminho que se abre,
onde o mapa se dissolve,
onde o traço da poesia
é a linha invisível que nos guia,
para dentro de nós,
para dentro do que sempre fomos
e nunca soubemos.
O caminho não é reto,
não é plano,
mas sinuoso e invisível,
feito de sombras e luzes,
fechado em si,
e, ao mesmo tempo,
aberto para todos.
E assim começa:
um passo no agora,
um salto no amanhã.
É o início,
sempre o início,
de um caminho sem fim.
E depois de hoje,
todos os dias serão um início,
renovando-se no poder do agora.
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