um fio que nos liga
ao que sempre soubemos, sem saber.
Há nelas o eco dos antigos,
o sopro dos que virão.
O mistério vive entre as sílabas,
na pausa antes do verso,
na força de um som que ressoa
como harpa ou como trovão.
Escolher as palavras
é escolher o destino,
porque cada uma delas é um portal,
uma chave que abre ou encerra,
uma flecha que sangra
os nós do pensamento
para que a liberdade deixe de ser promessa
e se torne presente.
A revolução começa no verbo,
no dizer que desvela,
no silêncio que grita.
E cada poema é uma semente,
um princípio sem fim.
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