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quinta-feira, 24 de julho de 2025

Fronteiras partidas / J.M.J.

Há decisões que não podem ser adiadas.

A indiferença tem custos.

Quando se permite que a violência se torne hábito,

o futuro encolhe.

 

O momento pede discernimento.

Não é tempo de alimentar disputas,

nem de repetir verdades gastas.

É tempo de dizer não,

com clareza, com firmeza, com alma.

 

Haverá provocações,

haverá quem queira incendiar tudo,

por medo ou desespero,

mas não é com mais fogo

que se evita o incêndio.

 

É necessário agir, sim,

mas com maturidade.

O impulso deve ser atravessado,

não seguido.

 

A coragem está em pensar

antes de reagir,

em proteger o que ainda tem valor,

em manter a dignidade

quando tudo parece perder o sentido.

 

Não há instantes fáceis,

mas podem ser decisivos,

para travar uma queda,

ou iniciar uma cura.

 


24 abril 2025

(Poema inspirado na configuração celeste deste dia — posição dos planetas e respetivos aspetos.)

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