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quarta-feira, 23 de julho de 2025

Espera / J.M.J.

Na ponta do horizonte,

a cenoura balança,

o passo nunca encontra terra

e o futuro se quebra

em promessas vazias.

 

Vivo na espera,

o tempo se dissolve,

o presente escapa.

 

O amor não é chave,

é porta que se fecha.

Quem me vê, não me sente,

quem me ama, não me conhece.

 

A liberdade é asa,

que me equilibra no fio da vida,

é sal na boca,

lua que não se agarra.

 

Dançaria no abismo,

se o vazio me deixasse

e a corda do anseio se deslaça

entre o querer e o impossível.

 

O silêncio devora,

onde o eu se desfaz.

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