Na ponta do horizonte,
a cenoura balança,
o passo nunca encontra terra
e o futuro se quebra
em promessas vazias.
Vivo na espera,
o tempo se dissolve,
o presente escapa.
O amor não é chave,
é porta que se fecha.
Quem me vê, não me sente,
quem me ama, não me conhece.
A liberdade é asa,
que me equilibra no fio da vida,
é sal na boca,
lua que não se agarra.
Dançaria no abismo,
se o vazio me deixasse
e a corda do anseio se deslaça
entre o querer e o impossível.
O silêncio devora,
onde o eu se desfaz.
Sem comentários:
Enviar um comentário