Na busca por uma chama que não queima,
Onde os gestos falam mais que palavras,
No silêncio das incertezas, se desenha
A sombra do ser, que se perde e se labora.
O corpo anseia, mas o coração questiona,
Vagaroso, os medos em espiral se entrelaçam,
E na dança entre o toque e a distância,
O amor se desenha, sem rosto, sem máscara.
Carências antigas, de um tempo sem forma,
Cavalgam o vento, onde a alma se esconde.
Mas o olhar, em sua verdade, transforma
O medo em acolhimento, o vazio em horizonte.
Entre a necessidade e a entrega, a dúvida,
E a força de quem sabe que nada se possui,
A entrega sincera que se alinha, fluída,
É mais do que uma busca, é um caminho que constrói.
E no meio da fragilidade se encontra a força,
No toque que cura e no olhar que liberta,
A busca não é só por um amor que arde,
Mas pela paz, que só a alma desperta.
Na coragem de ser quem se é,
Sem pretensão de ser outro, nem mais,
O amor, em sua essência, aparece em pé,
Como a verdade que, com o tempo, se faz.
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