O deserto era um mar de ausência,
e os passos do guia haviam sumido nas dunas.
As mãos vazias moldaram um reflexo dourado,
um nome sem eco, um rosto sem trovões.
Mas o fogo desceu, não como aurora,
não como promessa,
mas como lâmina sobre a carne que duvida.
Não houve perguntas,
não houve escuta,
só a espada dos que acreditam
e a praga sobre os que hesitam.
Pois não há fuga no reino
onde um só olhar pode incendiar um povo inteiro.
Não há espaço para o erro
quando o medo escreve as leis na pedra.
E assim, o ouro se desfez em cinza,
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