No palco vasto onde o tempo se dobra,
forças antigas despertam das profundezas,
o transformador das sombras dissolve impérios,
desfazendo castelos feitos de ferro e silêncio.
A chama guerreira incendeia a alma errante,
um fogo que arde entre sonho e realidade,
o véu se rasga entre o tangível e o etéreo,
chamando os filhos da luz para a batalha interior.
O mensageiro inquieto dança entre os ventos,
sopros de mudança em redes invisíveis,
ideias rompem correntes e muros,
a palavra se reinventa no caos fértil.
Seremos testados pelo fogo da consciência,
presas das próprias criações e ilusões,
mas no caos germina a semente do novo,
a aurora nasce da ruptura e da dor.
A fera ancestral, entre queda e voo,
desgarra a pele que a aprisionava,
na fenda aberta, luz escapa,
um grito mudo que rompe o silêncio.
Os próximos tempos são espelhos líquidos,
refletindo almas nuas no abismo,
convite ao encontro com a sombra,
dança de fogo e gelo em harmonia.
Não há trilha marcada no éter vasto,
apenas o pulsar da escolha em cada coração,
a mão que constrói ou destrói o tempo,
o silêncio que revela o infinito.
Quebra-se o círculo da repetição,
e em cada fragmento, um universo,
onde a coragem desenha o novo céu,
e a verdade é chama que não se apaga.
Sem comentários:
Enviar um comentário