No palco do cosmos, as partículas se entrelaçam,
Tecendo a trama de uma existência que escorre
Como água, como fogo, como sombra
Em busca de algo que talvez nunca se revele.
Os corpos se desfazem em pó estelar,
Mas o que era já não é, e o que será,
Soma-se ao eco do que já passou,
E no vazio das estrelas, tudo se dissolve e se refaz.
Não há divindades que nos conduzam,
A matéria, impassível, segue seu caminho
Sem pressa, sem propósito,
Apenas se desintegrando para, mais uma vez, surgir.
E somos feitos de momentos que se fundem,
Sem uma linha visível que nos ligue.
Fragmentos no espaço,
Suspensos na dança sem fim de um universo sem direção.
.
Aceitamos nossa efemeridade,
A pequena chama que brilha entre os ventos.
E no olhar atento ao caos,
Descobrimos que somos parte do mistério
que nunca compreenderemos.
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