Há um fio que me atravessa
sem que o veja,
mas sei-o em mim
como quem reconhece
a pele do vento nas pálpebras.
Não há silêncio no espaço,
há escuta.
Cada pedra pensa no seu tempo,
cada folha responde a um nome
que esquecemos.
A teia não se rompe.
Mesmo quando o grito é surdo,
ela estremece.
Somos células de um corpo
que sonha em espiral.
E cada movimento,
se puro,
move o centro.
Tudo vibra em segredo
porque segue a frequência
daquilo que é verdadeiro.
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