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segunda-feira, 7 de julho de 2025

O Amor é Fogo e Mar / J.M.J.

O amor

é uma tempestade de estrelas

a dançar

nas curvas do silêncio,

onde as palavras

se fazem corpos,

onde os corpos

se tornam vento

e fogo.

 

Cada toque

é uma chama

que nasce do vazio

e se eleva ao céu,

onde a carne se dissolve

como pó de estrelas

em movimento.

 

E, ao amar,

desfazemos o tempo,

o espaço,

a razão,

e rendemo-nos à espiral

que nos consome,

onde o suor é mel

e a saliva, néctar,

onde os olhos são ânforas

a derramar segredos

inconfessáveis.

 

Amar

é beber a lua

e morder o sol,

descer até aos rios da terra

e fundir-se com a água,

beijar os limites do medo

e da libertação.

 

O amor

é o tecido invisível

que cose as carnes

e os corações,

onde a mente

é labirinto

e o corpo,

a chave.

 

Cada movimento

é um poema

feito de suor

e suspiros,

onde as palavras

são carícias

e as carícias,

frases proibidas.

 

Amar

é o verbo

que não se pronuncia,

mas que se sente

como um fogo

nas entranhas,

um fogo

que consome,

mas também ilumina

as sombras

que tememos.

 

E, no desejo,

o corpo

é um mapa

de ilhas desconhecidas,

onde cada beijo

é uma coordenada

e cada suspiro,

um território revelado.

 

O amor, então,

é o mar

onde as ondas

não param de se beijar,

e a espuma

é a memória do prazer

que nunca acaba,

mas se reinventa

a cada toque.

 

Amar

é essa dança

sem fim,

onde o corpo

e a mente se tocam

e a libido

se torna música,

uma melodia

que desliza nos poros

e faz o ser inteiro cantar.

 

É quando a mente

perde o controlo

e o corpo

se torna poesia,

uma poesia

que não se lê,

mas se sente

no fundo da pele.

 

O amor,

em sua essência,

é a libertação dos limites,

a transgressão

do que é conhecido,

o verbo

que se dissolve

no fundo

de um abraço

sem limites.

É, por fim,

a metamorfose

de dois corpos

num só sonho,

onde não há termo

nem começo,

mas apenas o êxtase

de ser

e existir,

sem amarras,

sem medos,

apenas o puro desejo

de se tocar.

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