Disseram que viria um escolhido,
não coroado por tronos, nem vestido de esplendor,
que seria alguém que caminharia entre os homens,
com mãos feitas para curar e coração aberto para
escutar.
Disseram que a sua vida mudaria,
não de repente, mas como a água que desgasta a pedra,
suavemente, sem alarde,
até revelar o que é verdadeiramente forte.
Disseram que seria outro,
não porque deixaria de ser quem foi,
mas porque aceitaria a semente que germina na dúvida,
porque abraçaria o Amor, mesmo no medo.
Este escolhido não é perfeito,
não tem luz que o cega, nem voz que ordena.
Tem a coragem de continuar, mesmo quando quer fugir,
e a paciência de crescer, mesmo quando não sabe para
onde vai.
E é por ele que o mundo ainda respira,
pois nele germina o verdadeiro Deus,
aquele que não exige, mas que espera;
silencioso, humilde, amoroso.
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