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quinta-feira, 24 de julho de 2025

Entre o Velho e o Novo / J.M.J.

Há um lugar dentro de nós

onde tudo se despede e começa,

como se a alma caminhasse sobre uma ponte

que só aparece a cada passo.

 

As palavras que ontem guiaram,

hoje, pedem silêncio

e aquilo que parecia certo

reclina-se no colo da dúvida.

 

É tempo de desaprender o caminho

para reconhecer o rumo verdadeiro,

de aceitar que nem tudo se traduz,

e que há sinais que só a alma entende

quando o corpo se rende à escuta.

 

Não se trata de força,

mas de firmeza suave,

daquela que brota do coração quando ele arde

por algo que ainda não tem nome.

 

Quem conseguir habitar o intervalo

entre o que foi e o que será,

sentirá a luz a abrir fendas na noite,

porque entre o velho e o novo

vive o instante onde tudo muda.

 

 

23 Abril 2025

(Poema inspirado na configuração celeste deste dia — posição dos planetas e aspetos)

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