Seguidores

segunda-feira, 7 de julho de 2025

A Força da Ausência / J.M.J.

Ser breve, dizer pouco,

na fragilidade do instante,

é como uma centelha que acende um fogo imenso,

mas sem consumir todos os passos.

 

Cada palavra é um reflexo de um universo maior,

e cada silêncio entre as frases,

um sussurro do que ainda não se revelou.

 

A simplicidade se faz presente,

e, em poucas palavras,

condensam-se vastidões do nosso ser:

desejos em chamas,

memórias presas na poeira do tempo,

medos que ainda dançam na sombra do nunca.

 

As palavras curtas são como portais:

não revelam tudo,

mas convidam a atravessá-los,

a descobrir o que se encontra além,

em nós mesmos

e no mundo à nossa volta.

 

É o enigma do silêncio

que nos empurra para o sonho,

que nos enreda na teia do infinito,

sem que saibamos como nos soltar.

 

Olhar o essencial

é perder-se na transparência das coisas,

onde o que importa pulsa em silêncio,

sem ser nomeado, sem ser tocado.

 

Ser breve, dizer pouco,

na fragilidade do instante,

carrega um exército de signos ocultos,

e é essa a força da essência:

o que não se diz, mas se pressente,

o que se perde na ausência,

onde o ser se dissolve e se recria.

Sem comentários:

Enviar um comentário