Há quem caminhe com a mente acorrentada,
aceitando verdades que nunca foram questionadas,
e há quem olhe para o mundo como se fosse um espelho
quebrado,
vendo fragmentos de dogmas que nunca pediu.
Duvidar é um gesto de coragem,
pensar por si mesmo é um ato de liberdade,
e cada pergunta que ousamos lançar no silêncio
é uma faísca que acende outros olhos, outras
consciências.
Não existe felicidade sem reflexão,
nem justiça sem o olhar que percebe a dor alheia.
O conhecimento não é poder, é luz que se espalha,
uma mão estendida no escuro, convidando outros a
caminhar.
Educar é ensinar a questionar,
é mostrar que a verdade não se herda, se conquista,
que a mente livre não se submete
e que a dúvida é o portal para a sabedoria.
(Este poema foi inspirado pelas ideias de Bertrand
Russell, filósofo e pensador crítico, cuja obra enfatiza a importância da
liberdade de pensamento, da dúvida como instrumento de conhecimento e da
responsabilidade ética na vida humana. Embora não sejam citadas palavras
literais, o poema reflete o espírito de sua filosofia e busca despertar a
reflexão sobre a autonomia da mente e a necessidade de questionar o que nos é
apresentado como verdade.)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.