Não há duas maneiras de florir
onde a vida de outro é negada.
A árvore cresce, sim, mas se esquece
que o chão é comum, que a sombra é partilhada.
O racismo é vento que seca raízes,
a xenofobia, pedra que rompe ramos.
Negar direitos é podar a seiva da esperança,
é cortar flores antes do desabrochar.
A dignidade é tronco que sustenta todos,
cada folha é sagrada, cada fruto, direito.
Quem nega a vida do outro
não apenas erra, destrói o bosque inteiro.
E mesmo que tentem silenciar,
a verdade volta, forte como raiz,
a lembrar que existir com justiça
é a única forma de crescer plenamente.
(Este poema nasceu da reflexão sobre a importância da
dignidade humana, da justiça e do respeito pelo outro. Utiliza a metáfora da
árvore para simbolizar como a vida coletiva e os direitos de cada indivíduo
estão interligados: não é possível florescer plenamente se a vida do outro é
negada ou silenciada. Racismo, xenofobia e negação de direitos aparecem como
forças que prejudicam o crescimento de todos, enquanto a consciência ética e a
valorização da vida do outro representam a seiva que sustenta o bosque humano.)
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