Não és um, és muitos.
E dentro de ti vivem mares invisíveis,
rios de bactérias, constelações de células,
memórias antigas de alianças silenciosas.
A vida não se constrói pela espada,
constrói-se pelo gesto silencioso da cooperação:
mitocôndrias acendem o teu fogo,
micróbios tecem o equilíbrio da tua casa.
A pele é fronteira, mas também jardim.
És um cosmos em miniatura,
um coro de vozes que respira contigo.
Na lei da selva, perecerias só;
na lei da cooperação, existes inteiro.
Cada ser humano é já uma comunidade,
um testemunho vivo de que a vida
nunca caminhou sozinha.
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