A cidade suspirava entre aço e vidro,
sustentava corredores frágeis de poder.
Torres erguidas, gigantes indiferentes,
guardavam ambições sem rosto.
O céu rasgou-se com vultos de metal,
levando vidas, gestos, sonhos.
O silêncio transformou-se em sombra.
O terror espalhou-se sem corpo,
onde a ganância se sobrepôs à vida
e a verdade se curvou aos interesses de poucos.
Memórias resistem, brasas sob escombros.
Perguntas queimam a consciência:
até onde vai a ambição humana?
Entre ruínas e silêncio,
a ética chama.
Nenhum desejo de poder,
nenhuma avidez material,
justifica a perda do que é humano.
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