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terça-feira, 23 de setembro de 2025

Ambição Cega

A cidade suspirava entre aço e vidro,

sustentava corredores frágeis de poder.

Torres erguidas, gigantes indiferentes,

guardavam ambições sem rosto.

 

O céu rasgou-se com vultos de metal,

levando vidas, gestos, sonhos.

O silêncio transformou-se em sombra.

O terror espalhou-se sem corpo,

onde a ganância se sobrepôs à vida

e a verdade se curvou aos interesses de poucos.

 

Memórias resistem, brasas sob escombros.

Perguntas queimam a consciência:

até onde vai a ambição humana?

 

Entre ruínas e silêncio,

a ética chama.

Nenhum desejo de poder,

nenhuma avidez material,

justifica a perda do que é humano.

 

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