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terça-feira, 30 de setembro de 2025

Pelos olhos, não pelas mãos

Todos olham,

mas ver não é tocar.

Julga-se pelo brilho,

pela superfície polida,

pelo reflexo que distrai.

 

Poucos arriscam sentir,

aproximar-se do que dói,

do que escapa à ilusão.

E mesmo esses,

quando percebem,

guardam silêncio,

pois a voz de muitos

pesa mais que a verdade de um.

 

Somos aparência diante da multidão,

essência apenas no segredo

dos que ousam tocar.

 

 

(Poema inspirado no pensamento de Nicolau Maquiavel: “Os homens em geral julgam mais pelos olhos do que pelas mãos, pois todos podem ver, mas poucos podem sentir. Todo mundo vê o que você parece ser, poucos sentem o que você é, e esses poucos não ousam opor à opinião de muitos.”)

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