Todos olham,
mas ver não é tocar.
Julga-se pelo brilho,
pela superfície polida,
pelo reflexo que distrai.
Poucos arriscam sentir,
aproximar-se do que dói,
do que escapa à ilusão.
E mesmo esses,
quando percebem,
guardam silêncio,
pois a voz de muitos
pesa mais que a verdade de um.
Somos aparência diante da multidão,
essência apenas no segredo
dos que ousam tocar.
(Poema inspirado no pensamento de Nicolau Maquiavel:
“Os homens em geral julgam mais pelos olhos do que pelas mãos, pois todos podem
ver, mas poucos podem sentir. Todo mundo vê o que você parece ser, poucos
sentem o que você é, e esses poucos não ousam opor à opinião de muitos.”)
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