Entre tratados e mapas, ergue-se um trono,
feito de ouro, poder e livros reinterpretados.
A fé é dobrada, a história manipulada,
profecias usadas como pretexto para influência.
A restauração de um povo torna-se ferramenta,
não de justiça, mas de ambição e cálculo político.
Washington e Jerusalém entrelaçam mãos invisíveis,
decidindo fronteiras, interesses e alianças.
Crentes movidos por interpretações literais
alimentam um jogo que não lhes pertence,
e o que parecia promessa divina
é, na verdade, manipulação e conveniência.
Medo, poder, estratégia e interesse
sobre a vida de povos, sobre a memória histórica.
Não há divindade a justificar,
apenas política travestida de fé,
e consciências humanas como plateia silenciosa.
(Este poema denuncia a realidade da aliança entre o
Estado de Israel e os Estados Unidos, mostrando como a política internacional e
interesses estratégicos muitas vezes se sobrepõem à justiça e à ética. O apoio
norte-americano a Israel não se limita à solidariedade histórica; envolve bases
militares, influência regional e interesses geopolíticos. Ao mesmo tempo, o
Sionismo político encontrou apoio nos setores do cristianismo evangélico
fundamentalista, que interpretam literalmente a Bíblia, acreditando que a
existência de Israel cumpre promessas divinas. O poema mostra que, na prática,
esta narrativa é usada como ferramenta política, manipulando fé e convicções
pessoais para legitimar decisões estratégicas que afetam milhões de pessoas.)
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