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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Trono de Promessas

Entre tratados e mapas, ergue-se um trono,

feito de ouro, poder e livros reinterpretados.

A fé é dobrada, a história manipulada,

profecias usadas como pretexto para influência.

 

A restauração de um povo torna-se ferramenta,

não de justiça, mas de ambição e cálculo político.

Washington e Jerusalém entrelaçam mãos invisíveis,

decidindo fronteiras, interesses e alianças.

 

Crentes movidos por interpretações literais

alimentam um jogo que não lhes pertence,

e o que parecia promessa divina

é, na verdade, manipulação e conveniência.

 

Medo, poder, estratégia e interesse

sobre a vida de povos, sobre a memória histórica.

Não há divindade a justificar,

apenas política travestida de fé,

e consciências humanas como plateia silenciosa.

 


(Este poema denuncia a realidade da aliança entre o Estado de Israel e os Estados Unidos, mostrando como a política internacional e interesses estratégicos muitas vezes se sobrepõem à justiça e à ética. O apoio norte-americano a Israel não se limita à solidariedade histórica; envolve bases militares, influência regional e interesses geopolíticos. Ao mesmo tempo, o Sionismo político encontrou apoio nos setores do cristianismo evangélico fundamentalista, que interpretam literalmente a Bíblia, acreditando que a existência de Israel cumpre promessas divinas. O poema mostra que, na prática, esta narrativa é usada como ferramenta política, manipulando fé e convicções pessoais para legitimar decisões estratégicas que afetam milhões de pessoas.)

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