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terça-feira, 9 de setembro de 2025

Luz e Sombra do Poder

Entre livros e altares ergueram-se homens,

não pela verdade, mas pela sede de mando.

A fé, que prometia unir, dividiu-se em sombras,

transformando o verbo sagrado em bandeira

e cada desagrado em pretexto para muros.

 

Cada semente de discordância

alimentou templos, tronos e hierarquias ocultas,

criando versões diferentes de uma mesma luz.

O que era caminho, tornou-se muralha;

o que era oração, instrumento de controle.

 

E nós, herdando esta tapeçaria de cismas,

aprendemos a caminhar entre promessas e sombras,

sabendo que a mensagem pura resiste,

mesmo entre igrejas que se erguem e se separam.

A consciência desperta entende:

o poder muda formas, mas jamais apaga a essência.

 

 

(Este poema reflete como, ao longo da história, divergências de interpretação e ambições de poder deram origem a múltiplas ramificações do cristianismo. Entre os exemplos marcantes estão: Constantino e a fundação da Igreja Católica; Martinho Lutero com a Luterana; João Calvino e John Knox com a Presbiteriana; Henrique VIII e a Anglicana; John Wesley e a Metodista; Joseph Smith e os Mórmons; John Smith e a Batista; William Miller e os Adventistas; Ellen White com a Igreja Adventista do Sétimo Dia; Charles Russell e as Testemunhas de Jeová; além das várias correntes Pentecostais e suas inúmeras expressões.

O propósito não é enumerar religiões, mas lembrar que a fé, tantas vezes, foi moldada por disputas de poder, ainda que a sua essência, intocável, permaneça viva.)

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