No sangue corre um eco antigo,
feridas que não fomos nós quem abriu.
A dor, marcada em letras invisíveis,
passa de pai a filho, como sombra que respira.
Mas se a memória pode aprisionar,
também pode ser reescrita em luz:
cada gesto de cuidado, cada cura iniciada,
é um fio que rompe o ciclo da noite.
Não herdamos apenas a queda,
herdamos também a possibilidade da ascensão
e ao curar a ferida em nós,
libertamos os que ainda não nasceram.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.