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terça-feira, 9 de setembro de 2025

Herdeiros do Silêncio

No sangue corre um eco antigo,

feridas que não fomos nós quem abriu.

A dor, marcada em letras invisíveis,

passa de pai a filho, como sombra que respira.

 

Mas se a memória pode aprisionar,

também pode ser reescrita em luz:

cada gesto de cuidado, cada cura iniciada,

é um fio que rompe o ciclo da noite.

 

Não herdamos apenas a queda,

herdamos também a possibilidade da ascensão

e ao curar a ferida em nós,

libertamos os que ainda não nasceram.

 

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