Há um peso suave no ar,
como se o mundo respirasse mais pacientemente,
enquanto algo antigo se remexe
por entre os ossos da memória.
Palavras queimam silenciosas,
sopram e caem como cinza,
marcando lugares que ninguém olha
mas que todos carregam dentro.
Há portas entreabertas que tremem,
ecos que pedem atenção,
sementes que querem germinar
mesmo quando a escuridão persiste.
O coração sente mais do que vê,
cada respiração carrega
a possibilidade de mudança,
o convite a que despertemos
para aquilo que sempre fomos
antes que nos dissessem o contrário.
O silêncio não é vazio,
é um mapa que aponta
para onde devemos caminhar
mesmo sem entender o caminho.
(Este poema, inspirado no "Céu Astrológico"
referente ao dia 11 de setembro, menciona que o ar carrega um peso e uma
suavidade simultaneamente, como se o mundo respirasse mais devagar, pedindo
atenção aos recantos da memória e do coração. Há tensões que pressionam, mas
também uma abertura que convida à transformação. As energias do dia falam de introspeção
e de expansão; pedem que olhemos para dentro, que reconheçamos o que persiste
silencioso, e que ao mesmo tempo permitamos que novas possibilidades germinem.
É um momento para sentir mais do que entender, ouvir os ecos que atravessam o
íntimo de cada ser, e perceber que mesmo o silêncio tem voz. A poesia, o
pensamento atento e o gesto consciente tornam-se mapas para navegar este fluxo,
refletindo o movimento universal que também somos nós.)
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