No silêncio do espaço, memórias antigas
deslizam entre estrelas como sombras.
A Via Láctea guarda cicatrizes de canibalismo,
restos de mundos engolidos
que sussurram histórias de batalhas
que nenhum olho humano testemunhou.
Fósseis estelares brilham como fósforos esquecidos,
revelando a fome antiga do cosmos,
a dança violenta da criação e destruição,
onde cada estrela é um eco,
cada aglomerado, um vestígio de outro tempo.
E nós, minúsculos no tecido do universo,
olhamos para cima, imaginando paz,
quando na verdade caminhamos
entre ossos de galáxias,
herdeiros de segredos e sombras
que moldaram o nosso próprio céu.
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