No meio do vazio,
um som mínimo insiste:
a chaleira que ferve,
o pássaro que pousa,
a respiração que entra e sai.
Não é resposta,
não é promessa,
é apenas o ritmo
de um mundo que continua.
E nesse compasso humilde,
sem certezas nem grandiosidade,
há um convite silencioso:
ficar, mesmo assim,
e deixar que o instante,
nu e pequeno,
seja o que nos sustenta.
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