O coração acende-se em chamas,
desejando dançar sem medo,
mas encontra muralhas erguidas
pelos excessos de orgulho e abundância.
O gesto impetuoso rasga o ar,
encontra o outro em espelho de guerra,
e na colisão de forças opostas
aprende que até a coragem sangra.
Entre a ânsia de beleza e o peso da verdade,
a alma vacila entre grito e silêncio.
É preciso atravessar o conflito
sem apagar a centelha que ainda guia.
Das cinzas da luta, ergue-se a promessa:
nenhum poder, por maior que pareça,
resiste à clareza do que é essencial;
a chama que arde sem destruir,
a raiz que resiste sem prender.
(Este poema inspirado no "Céu Astrológico"
de 10 de setembro, mostra a tensão entre impulso e contenção, entre o desejo de
avançar e a necessidade de medir cada passo. A coragem confronta limites, e a
emoção desafia tanto o racional, quanto o poder estabelecido. Há aberturas para
encontros e afetos, mas também espelhos que revelam fragilidades e excessos.
Este é um dia de contrastes: o fogo da ação procura
caminho, a terra pede prudência, a água insiste em memória e o ar em confronto.
A lição está em aprender a unir forças opostas sem negar o conflito,
transformando a luta em consciência e a instabilidade em criação.)
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