Seguidores

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Entre Fogo e Terra

O coração acende-se em chamas,

desejando dançar sem medo,

mas encontra muralhas erguidas

pelos excessos de orgulho e abundância.

 

O gesto impetuoso rasga o ar,

encontra o outro em espelho de guerra,

e na colisão de forças opostas

aprende que até a coragem sangra.

 

Entre a ânsia de beleza e o peso da verdade,

a alma vacila entre grito e silêncio.

É preciso atravessar o conflito

sem apagar a centelha que ainda guia.

 

Das cinzas da luta, ergue-se a promessa:

nenhum poder, por maior que pareça,

resiste à clareza do que é essencial;

a chama que arde sem destruir,

a raiz que resiste sem prender.

 

 

 

(Este poema inspirado no "Céu Astrológico" de 10 de setembro, mostra a tensão entre impulso e contenção, entre o desejo de avançar e a necessidade de medir cada passo. A coragem confronta limites, e a emoção desafia tanto o racional, quanto o poder estabelecido. Há aberturas para encontros e afetos, mas também espelhos que revelam fragilidades e excessos.

Este é um dia de contrastes: o fogo da ação procura caminho, a terra pede prudência, a água insiste em memória e o ar em confronto. A lição está em aprender a unir forças opostas sem negar o conflito, transformando a luta em consciência e a instabilidade em criação.)

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.