Chamaram sacrifício ao sangue dos inocentes
um preço justo para manter a mão armada.
Diziam que a liberdade
se media em balas,
mesmo quando crianças
caíam no silêncio das escolas.
Mas a pólvora não escolhe.
O que se defende como direito
volta, um dia, como sentença.
E o profeta da morte,
ao aceitar o destino alheio,
não viu que já escrevia
sua própria elegia.
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