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segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Armas Proféticas

Chamaram sacrifício ao sangue dos inocentes

um preço justo para manter a mão armada.

 

Diziam que a liberdade

se media em balas,

mesmo quando crianças

caíam no silêncio das escolas.

 

Mas a pólvora não escolhe.

O que se defende como direito

volta, um dia, como sentença.

 

E o profeta da morte,

ao aceitar o destino alheio,

não viu que já escrevia

sua própria elegia.

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