O dia nasce medindo os passos,
arrumando o mundo em detalhes pequenos,
mas no fundo da noite ecoa uma voz:
nada ficará como está.
A pressa da emoção quer abrir caminho,
como fogo que não espera,
e encontra no coração humano
um desejo antigo de libertação.
A mente procura clareza,
a razão escreve mapas,
mas o impulso rasga fronteiras,
e do encontro entre lógica e chama
nasce o gesto que muda destinos.
No ar, relâmpagos ocultos,
ideias que estremecem muralhas,
revoltas que sussurram antes de gritar.
E contudo, por um instante,
ordem e instinto tocam-se,
como se o universo murmurasse:
“Do atrito nasce a vida,
da tensão floresce a aurora.”
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