O respeito ergue-se como muro,
linhas firmes, palavras polidas.
Mas por detrás da fachada,
há um silêncio que pesa.
Ali, onde o amor deveria respirar,
só o vazio habita.
Gestos contidos, olhos distantes,
corpos que passam sem tocar.
O respeito, então, é invenção,
curativo para ferida que não se vê,
resquício de algo que falta,
sombra do que o coração desejava ser.
Quando o amor chega,
o muro desmorona,
e o respeito se transforma
em reverência verdadeira,
não para esconder, mas para celebrar.
(Este poema foi inspirado na frase “O respeito foi
inventado para cobrir o lugar vazio onde deveria estar o amor”, de Liev
Tolstoi. Explora como o respeito, quando separado do amor, pode ser apenas um
resquício que encobre o vazio, enquanto o verdadeiro afeto transforma e dá
sentido ao gesto e à presença.)
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