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terça-feira, 23 de setembro de 2025

Teia da Lei

As leis prometem justiça,

mas curvam-se ao poder.

 

Os pequenos lutam,

presos em fios que não dominam.

 

Os grandes avançam impunes,

rasgando tudo.

 

A justiça é espetáculo

onde o enredo é escrito por quem manda.

 

Chamam-se leis,

mas traem o próprio nome:

fortaleza para uns,

armadilha para outros.

 

No silêncio das ruas,

uma pergunta resiste:

qual o valor de uma lei

que esquece o que promete?

 

 

 

(Este poema reflete as contradições entre o que se chama lei e o que realmente se pratica. Inspirado na frase de Honoré Balzac “As leis são como teias de aranhas, que apanham os pequenos insectos e são rasgadas pelos grandes”, questiona a justiça que deveria ser universal, mas que muitas vezes serve apenas aos interesses de quem detém poder. Não se dirige a instituições específicas, mas convida à reflexão sobre a verdadeira função da lei.)

 

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