As leis prometem justiça,
mas curvam-se ao poder.
Os pequenos lutam,
presos em fios que não dominam.
Os grandes avançam impunes,
rasgando tudo.
A justiça é espetáculo
onde o enredo é escrito por quem manda.
Chamam-se leis,
mas traem o próprio nome:
fortaleza para uns,
armadilha para outros.
No silêncio das ruas,
uma pergunta resiste:
qual o valor de uma lei
que esquece o que promete?
(Este poema reflete as contradições entre o que se
chama lei e o que realmente se pratica. Inspirado na frase de Honoré Balzac “As
leis são como teias de aranhas, que apanham os pequenos insectos e são rasgadas
pelos grandes”, questiona a justiça que deveria ser universal, mas que muitas
vezes serve apenas aos interesses de quem detém poder. Não se dirige a
instituições específicas, mas convida à reflexão sobre a verdadeira função da
lei.)
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