No silêncio do céu aberto,
asas cortam o vento sem descanso,
e o mundo lá em baixo parece distante,
como se o tempo fosse apenas um sopro.
Metade do cérebro repousa,
a outra vigia o infinito,
guiando o voo sobre oceanos sem fim,
onde pousar é perigo e ficar parado é impossível.
Pequenos fragmentos de sono,
cintilando como estrelas no dia,
mantêm a vida e a viagem,
tecem resistência e liberdade.
Assim, elas ensinam sem palavras:
que é possível descansar mesmo em movimento,
que sobreviver exige atenção e entrega,
e que o voo, mesmo solitário,
pode ser dança, sonho e estratégia
num só gesto de pura coragem.
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